Eu vivo a vida e vivo intensamente
Levando a vida vou vivendo assim
Eu trago o mundo todo preso em mim
Fazendo do futuro o meu presente.
Eu sei que tem quem mente e que não sente
Também entendo as coisas do outro lado
Eu vejo repetindo o meu passado
Nas coisas vivas sempre em minha mente.
E rio muito doido, tresloucado
E choro muito quando estou sozinho
Me sinto um passarinho preso ao ninho
Me sinto um prisioneiro algemado.
Ninguém entende o peito nordestino
Que canta duramente no momento
São lágrimas sentidas do menino
Que quis virar poeta no seu tempo.
Mas quem tem corda acorda enforcado.
E quem tem pedras não se tem castelos
Não seguirei tijolos amarelos
Para encontrar heróis com pés de barros.
Confio em mim, em tu e nos meus filhos.
Entrego em tuas mãos o peito meu.
Assim eu sigo firme em meu caminho
E o meu coração entrego a Deus.
Gyl Ferrys