E vi,
Tão-somente,
Lágrimas correrem no rosto,
Senti, o apagar de um fogo posto
No peito, por lágrimas que tristemente;
Hoje são como a chuva em pleno agosto…
Lembro-me dos meus dedos, em teus dedos,
Os meus olhos, junto aos teus nos segredos
E que em silencio afagavam a alma…
Mas ouvi a temível palavra,
“ ADEUS “
Pus os olhos nesta longa estrada,
E triste permaneci,
Imóvel, estático,
Olhando os céus
Dos nossos sonhos…
Eis-me neste caminho
Que desconheço,
Tão perdido de mim;
Instrumento do destino
Que me quis assim,
Condenado à tristeza,
Mesmo estando inocente…
Paulo Alves