Procura

Somos todos o centro do mundo,
É preciso haver olhos d'alma,
que saibam apreciar maravilhas
Das nossas mãos.

Em poucas palavras, diz tudo, adorei.

Abraço!
upanhaca

Nunca nos encontramos.
O sujeito poético aparenta um razoável auto-conhecimento do que não é e não tem.
A expressão de dúvida no quarto verso, num ligeiro tom de indignação, é, "talvez", o ponto alto dum poema minimalista, com os ingredientes todos para provocar em qualquer leitor contentamento e satisfação.

Quem somos nós para?...
Quem somos nós?

Que direito teremos a esse total conhecimento?

O que me leva ao título (importantíssimo em poemas tão curtos!) em que pareces sugerir uma perpetuidade.
Procura sempre.

Fiz uma estranha ligação a um meu com alguns meses (ou será anos?) que chamei de "Ecce Homo".

Achei, claro, graça às rimas bem conseguidas e que entram em antítese com o que é dito no primeiro verso.

Gostei muito

Abraço irmã