Era uma viagem que teria que ser feita
Caminhos não trilhados pelos seus pés
Um horizonte que reservava belezas
E surpresas
Como as borboletas coloridas
Na manhã de primavera
E os pássaros nas árvores
Tocadas pelo vento.
Não ousava pensar em desistir
Queria mesmo era insistir
Na busca pela liberdade tão sonhada
De um amor que já havia quase esquecido
Se não fora as lembranças daquele olhar
Que sempre mexia com seu coração.
Falava sempre as escondidas
E sentia o pulsar de seu próprio coração
Que palpitava Sempre que lembrava
De seu sorriso tão singelo.
Não conseguia ver as pequenas flores
Nem as pedras entre os espinhos
Mas, via em seus pensamentos,
A imagem tão real
Daquela que não podia esquecer.
E o caminho tornou-se solitário
As nuvens aparecia no azul-celeste
Dando-lhe a sensação do infinito
Nas lembranças daquele rosto bonito
Que povoavam seu sentimento.
Uma viagem sem fim
Em direção ao coração
É sempre uma aventura inexplicável.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense