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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 23/03/2021 11:01 Atualizado: 23/03/2021 11:11 |
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Re: Podia chover à tua porta
Uma leitura que gostei muito.
Tem um tom melancólico duma constância notável. A chuva não é o estado do tempo mais desejado, duma forma global, mas logo aqui o sujeito poético mostra-se sendo diferente, e apresenta uma lógica razoável: se é para ter nuvens e o céu encoberto, ao menos que chova! Ainda que molhe, ainda que signifique a maior parte das vezes que está mais frio, ou que tenhamos que ficar por casa. Convém não esquecer que ela, a tal chuva, é um bem essencial e que sem água não há vida. Além de que a chuva tem um ruído característico quando cai... Porque também o silêncio entra no poema, que assim como o cinzento, é um silêncio que afasta, que magoa. O primeiro terceto também está bem conseguido do ponto de vista lírico, embora o último verso por algum motivo que não consigo explicar não me caia tão bem como os anteriores. O balanço do silêncio, ao nível da imagem, coloca o poema num patamar muito alto. O sobe e desce, as flutuações de sentimentos que ele propicia parecem entrar num parque infantil e a repetição foi tão bem feita... "...Estranho este constante sentimento de perda..." Embora constante, ou por ser constante, nem nos apercebemos dele. Tudo é perder, ainda que isso seja uma visão pessimista, apenas é aliviado pelo facto de que quase sempre ele é antecedido pelo "de ganho", senão quão triste seria toda a existência. As despedidas têm este amargo (sobretudo se têm bons começos) que soubeste tão bem poetar. Bom voltar-te a ler num nível tão interessante. Obrigado |
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Enviado por | Tópico |
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Odairjsilva | Publicado: 25/03/2021 13:42 Atualizado: 25/03/2021 13:42 |
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Mensagens: 5303
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Re: Podia chover à tua porta
Me chamou a atenção o título e, ao ler, gostei muito do que vi. Abraços poéticos!!!
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