Quando uma dia amor, ofegante
Fostes o teu ser a outro ofertar e,
Pensares n'outro amor, que aprendeu
Te lembras que n'outro, o amor era eu
E com ele, amor, lhe ensinei a brincar.
Quando um dia amor, lentamente,
Debruçares o teu corpo
Por sobre algum corpo e se entregar
Te lembras que no teu corpo fiz-me alma
E se puderes, divisar silêncio,no olhar
Vais entender onde se fez em ti a calma
Serenizada, por sobre os dedos, recostar.
Quando uma dia amor, na canseira
Em meio ao lago da dor
Sufocada, por outro ser sofrer
Te lembras que sofri palor
E onde se perdeu a vida, vê?
Para mim, perdeu-se em ti
Desde então mal sei o que sou
Sei que punge, ser sem vida, sofri
Em desdita vida, a vida terminou...
"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."