Neste ritual de arruma e desarruma
iludimos o tempo e o pensamento!
Vivemos de rituais tão banais
perdidos
esquecemos de arrumar o essencial…
dentro de nós habita a memória
a cantar silêncios
como um rouxinol que de partida
olha em volta
lá do alto do fio negro
o horizonte do vento…
As chaminés desenham pelo ar
manhãs
nos ombros da noite
uma plenitude nas velas que ardem
perante o olhar iludido…
Agarrados aos rituais
a evolução fica estagnada
em bocejos quebrados…
Precisamos de ousar
sacudir a nossa multidão de receios…
Entrar para lá do visível
desarrumar os rituais… e partir
sem sairmos do lugar
e tudo irá mudar e brilhar
numa luz de transparências vivas…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...