Soneto do Amor Perdido
A m'alma é um mar em tormenta
Cor rubra que tinge a alvorada
Minha sede, do mar se alimenta
A m'fome é procurar você amada
Cai do céu gotas de puro sangue
Vermelho fogo uma dor imensa
Lavem meu corpo caído e exangue
Pelo motivo que você pensa
Na cova escura chamo teu nome
M’peito arde pela dor que o consome
Caem do céu flores do abandono
Mas chora meu poetar insone
Já não sofro pela dor da fome
Pois a perdi na escuridão do outono
Alexandre Montalvan
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