Não tem graça alguma
ver o futuro numa bruma
no espelho que se acostuma
a refletir os anos que avoluma.
O então distante futuro à sorte
é já ao virar a esquina, amanhã.
Chegará o irrecusável convite da morte
para o baile conserto da anfitriã
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema