SINTO-ME TRISTE
Hoje sinto-me triste. Não sei o que tenho
Sem forças para suportar a brisa da vida.
Ando desequilibrado já não oiço o cérebro
Cantar como nos dias de felicidade, que saudades.
Um pequeno grão de areia faz-ma perder o norte.
O sul, já nem sei de que lado ele se encontra.
Vejo o Sol não dourado mas vermelho como sangue
O meu sangue fluido como de água se tratasse.
Sinto a terra, aquela terra que me viu nascer
Deslizar sem cesse e os meus passos inseguros,
Não sei onde eles me levarão nem quero saber
Que me levem para onde eles quiserem. Aceito.
A lua vejo-a chorar ela que me conhece tão bem.
Em tempos falei com ela e ela me inspirava,
Ela está triste, como eu também estou, é natural
Está a chegar o tempo em que nos deixaremos de ver.
A. da Fonseca