Uma estrela pequena suspirava
por maior um tamanho que queria.
No vazio do Cosmos se sentia
mui minúscula e flamas bem chorava.
Diminuto valor em si cuidava
Valor ter que valor não lhe auferia
e ao Destino cruel ela inquiria
do porquê da fraqueza que tomava.
Concedeu-lhe resposta então o Fado,
que gigante a não fez com tal primor
por não cedo a querer em extinção.
Afinal, dom um deu-lhe em grão cuidado,
pois que quanto menor a estrela for
mor será de seu tempo a dimensão.
Este poema é um soneto astronómico.