Ontem, vendo minha netinha de 6 anos manuseando com extrema habilidade o celular da minha esposa, lembrei de um texto que li há alguns anos pelos corredores da WEB e guardei em meus arquivos eletrônicos. O texto (provavelmente de ficção mas que também retrata a realidade de hoje) reproduzia a conversa de um avô e seu neto e era assim:
VOVÔ NÃO ESTÁ TÃO VELHO
Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô? E o avô respondeu: - Bem, deixa-me pensar um pouco...
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contacto e pílula anticoncepcional. Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line. Não se havia inventado ar condicionado, lavadora, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento). O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa ontente, alegre e divertida, não homossexual. Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo. Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa e ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos. Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares. Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas K-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações. Aos relógios se dava corda a cada dia. Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores. Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo. As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China". Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos. No meu tempo, meu neto, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia. Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga, meu neto querido, quantos anos você acha que eu tenho?
- Hiii... vovô... mais de 200! Falou o neto. - Não, querido, somente 75!
Autoria desconhecida
Se alguém souber quem é o autor por favor informe para que seja atribuído os créditos necessários.