Quem poderia imaginar o terror?
A maldade humana sem limites
Quem poderia imaginar que nunca mais veria as flores
A inocente criança que corria pelo jardim
Da praça em flores e borboletas?
O som vindo do céu não é de paz
A vingança desce como uma guilhotina
Separando a cabeça da humanidade
Sangue e cinzas
Gritos e desesperos de vidas perdidas
No limbo da Grande Guerra.
Quem poderá dizer que não havia esperança
Que era preciso destruir a paz?
O que é o homem na sua fúria cega
Na sua maldade cruel?
O sonho desfeito na última manhã da jovem apaixonada
O último olhar da criança para a pipa a voar
Tudo dissipado pela explosão ensurdecedora
E derretido pelo calor atômico
Da destruição em massa.
Memórias de uma atrocidade sem justificativa
De uma ação humana
Que não pode ser mais repetida.
Somos humanos que pensam
Desejamos um mundo melhor em que prevaleça a paz
Não se pode destruir sonhos inocentes
Pela loucura da guerra!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense