Essa religião
Que tira a paz e a razão
Põe no inferno a solidão
E arranca sem dó o coração...
Por algum motivo banal
Faz pensar naquele mal
No olhar tão fatal
Que ela deixou no final...
Uma religião que fez renascer
Nos olhos meigos florescer
A paixão que vi nascer
E sem dó nenhuma fez morrer...
Chora agora sozinho
Lamenta o erro do caminho
Não viu os pássaros no ninho
E dela não teve carinho...
Tudo isso pareceu ser o fim
De uma amor tão forte assim
Que estava disposto a dizer sim
Mas, tudo acabou, enfim...
Poema: Odair José, Poeta Cacerense