Meu amigo, meu amigo, minha eterna canção
estar ou não estar contigo não requer divisão,
porque amigo qu’é amigo nunca está sozinho
quer longe quer perto é um mesmo caminho.
Ah, amigo, ó minha amiga, dize-me o coração,
se um dia, por incúria, não te prestar atenção,
é loucura ensandecida, intragável azedo vinho
a prestar-me tal severidade, de tal vil cadinho,
que nada fundisse certeiro, nem funil ou latão.
Dói-me mais, ver sofrer a um amigo, que a dor,
que sói doer-me a mim mesmo… ó maldição…
…Ó jura, feita à nascença, que bruxa ou ladrão
roubou, desde então, este meu ser pundonor,
que veio ao mundo, sem qualquer condição!?
Jorge Humberto
26/01/2021