Noite Sombria
Aqui a loucura não morreu
Não se mata a ausência de vida
Certa que se infunde à prometida
Certa que é a única saída
Que nunca se perdeu
É aqui que é a fonte das palavras
E mesmo as frases cansadas
Tambem as que usam muletas
Soam como cobras pretas que nos ventos
Dão botes violentos
Sobre a mão da minha caneta
Aqui que os gritos são surdos
Envoltos em nuvens de medonhos sonhos
De almas penadas
Possuídas por demônios
Em celas escuras mal-assombradas
E é aqui que fico
Sentado sem ter como ver a rua
O coração desacreditamente aflito
E apesar do hospício da noite
Minha mente e corpo atenua
Olho no relógio de pulso
É quase cinco
Mais duas horas e eu verei o teu sorriso
Levanto-me tomo um copo de chá
E volto a sentar
No limbo deste recinto.
Alexandre Montalvan
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visitante |
Publicado: 07/02/2021 19:39 Atualizado: 07/02/2021 19:39 |
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Re: Noite Sombria
Gostei. Parecia que tudo a qualquer momento iria se tornar real . Ainda bem que não uso caneta. Ufa !
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