Tempo
No tempo nós não ficaremos
Mesmo que exista amor
Ou uma realidade fútil,
De sonhos ou da dor
As marcas que nas areias ficaram
O vento se apressa em apagar
As faces que pálidas se enevoaram
Dissipam-se apos a chuva chegar
Nesse mundo de gestos escuros
Não há lugar para o coração
Uma fome nervosa se esconde nos muros
Não deixa aflorar nenhuma emoção
Somos como feras que rugem nervosas
Com olhares frios e ferozes
Para suas imagens refletidas nas aguas
Nos somos nossos próprios algozes.
Alexandre
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