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Homo hematicus, Homo vírus - Apocalipse a la carte brasileira.

 
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A retro-evolução
da espécie.
Só pensa naquilo:
sangue.
Atira por esporte
E se há Morte?
Nega, foi Acidente
Ou fatalidade
Culpa o Destino
Ou o Divino...
Pobre povo,
Sem defesa
Ante o corona,
Sem oxigênio,
No pulmão
Do mundo
Desarmado
Acamado
Agoniza
Já sem força
E sem empatia
Do Estado,
Condenado
Ao suplício
Altar do sacrifício
Morte imperdoável
Crime inconcebível
Do capitão cruel
E de seu general,
Encaram as vítimas
duas pestes,
Pandemia
e pandemônios
Sem vacinas
Para todos
Farta cloroquina
E brigas idiotas,
xenófobas,
com India e China
Que na prática
São Quem pode
Nos salvar e deter
Este genocida
E seu amigo corona.
Já que o legislativo
E o procurador amigo,
Não tomam iniciativa
De instaurar inquérito
Para impeachment
deste desastre fascista
que arrasa o Brasil.

AjAraujo, o poeta humanista, sobre a situação catastrófica do Brasil, entregue ao coronavírus, sem seringas, sem vacinas, sem governo.

Arte por The New Yorker.
 
Autor
AjAraujo
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