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DIÁLOGO... VESTIBULAR !

 
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(Caso Isabella)

Ai!... Mas, nada está doendo em mim, pelo contrário, sinto-me leve como uma pluma ao vento!

—O “Ai” que você pronunciou é resultante de segundos antes de “vir para cá!”

—Quem é o senhor?

—Sou o seu Anjo da Guarda, agora, desempregado da função, pois, aqui, somos iguais!

—O que é “Aqui”?

—É o Vestíbulo de entrada ao reino do Pai Eterno, cujo portal, para a ultrapassagem, ainda depende de algumas circunstâncias, muito embora, na contagem de tempo terrena, você só tenha seis anos.

—Circunstâncias! Quais e... Por quê?

—Uma delas, é o fato de, ainda, haver dúvidas dos motivos que resultaram na sua délivrance da Terra para este vestíbulo, a outra, é o fato de, até hoje, os seus anteriores conterrâneos terráqueos não terem descoberto quem, ou qual a projetaram, sem vida, como Eles conhecem, para este Saguão de entrada para os Céus.

—Meu amigo! Se você me disse que vim para cá apenas com seis aos de idade, não posso ficar dependendo de investigações, perícias, julgamentos etc. para transpor este vestíbulo, pois, sendo uma menina de tenra idade, não cometi, nem cometo pecados, mesmo que intencional.

—Acontece que, antes de ocorrer o desnuviamento total do evento maldoso que a suprimiu da Terra, pode ter ocorrido de você, ao ver a janela do quarto aberta e, por um furo na rede de proteção, ter se atirado e caído seis andares, morrendo em seguida e, isso, é suicídio, embora possa ter sido culposo, portanto, sem intenção de falecer.

—Não posso ter cometido tal desatino, entretanto, pode ser que, ao acordar na minha cama e em meu quarto, não vendo o meu pai, madastra e irmãozinhos, posa ter-me apavorado e pulado pelo buraco, achando estar saindo da minha cama que, erradamente, ficava junto à janela, porém, sendo o senhor o meu Anjo da Guarda, por qual razão se omitiu não me protegendo?

—O Senhor de Todos nós, deu aos humanos o Livre-arbítrio, que não pode ser por nós contrariados! Daí, ter-me mantido aqui à sua espera, sabedor, de antemão, que tal aconteceria.

—Então, o senhor sabe todas as circunstâncias que me trouxe para cá, por qual motivo não dá a público na Terra, evitando o sofrimento pelo qual passa o meu pai, mãe e madastra?

—Primeiro, em razão do livre-arbítrio referido e, segundo, por que todos eles têm um Anjo da Guarda igual a mim, ao qual, ignoram erradamente e, terceiro, que, os seus assassinos podem ser o seu pai e madastra, muito embora, não acredito em tal eventualidade.

—Se você me disse, há poucos momentos, que, agora, somos iguais, por que eu não sei o que você sabe e demonstra?

—Eu vim do Céu para ajudá-la e, neste vestíbulo, somos iguais, apenas, superficialmente, a verdadeira igualdade entre nós se dará quando você sair deste saguão e for para o Céu.

—Mas, ficaremos aqui, tão somente, aguardando?

—Onde nos encontramos, todas as religiões e seitas benignas se resumem em igual valor, inclusive, as Espíritas do Bem. Todavia, de todos nós, no presente caso, só você poderá ajudar-se a transpor o vestíbulo indo para o Céu, após desanuviar as circunstâncias, das quais, me referi.

—Como o farei?

—É simples, no entanto, demandará certo tempo terreno, pois, aqui, a contagem de tempo não existe, sendo eterno! Para ajudar-se, deverá se concentrar em alguém a Terra e transmitir para o seu “Escolhido”, em sonhos, todo o evento contigo acontecido, desde quando foi apanhada por seu pai na garagem do seu prédio até ser encontrada caída ao rés-do-chão, seis andares abaixo do seu quarto.

—Como o farei se nem sei o que comigo aconteceu?

—Por isso, lhe disse que demorará a perceber e antever o acontecido, porém, aos poucos, com a sua nova mente astral recebida aqui, você conseguirá saber de tudo e poderá informar ao seu “Escolhido”, inclusive, o orientando da melhor forma de expor os fatos para as autoridades e o público em geral, todavia, sem os estardalhaços, com os quais, estão expondo, talvez, os inocentes, seu pai e madastra.

—Como o tempo por aqui é diferente, tudo farei para atender ao seu conselho e, espero que, em poucas horas nossas, possa às reduzir para meses na Terra e deixar elucidado o meu assassinato, sem indicar inocentes.
O Diálogo para por aqui, por ser a única coisa que captei de Isabella, esperando que, Ela, em sonho, me coloque como seu “Escolhido!” orientando-me e esclarecendo a terrível tragédia ocorrida com Ela e a sua família.

Que os Céus a proteja e... Ampare!

Sebastião Antônio BARACHO
conanbaracho@uol.com.br

 
Autor
S.A.Baracho
 
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