O Menino do Dedo Verde
Tivemos uma infância muito bonita, onde brincávamos entre os amigos e vizinhos, mesmo sendo orientados, tínhamos uma cultura de não valorizar muito a natureza, já sendo, pois, cultural da nossa época. Onde morávamos, não tínhamos nenhum censo ecológico, nem de cuidar de animais, como existe hoje, a gente mesmo não gostava de gatos, porque imaginávamos o felino como um animal malvado, que gostava de comer pássaros e roubar frango, o que acontecia comumente na nossa casa, era só a gente sair um pouco, deixando alguma coisa no quintal, que o gato levava.
Isso alimentava o sentimento que tínhamos principalmente com alguns tipos de animais, botávamos cachorro para brigar, bombas nos rabos dos pobres gatos, até amarrávamos lata na cauda desses animais.
Para a gente isso era muito divertido, não porque éramos malvados, mas todos eram acostumados a fazer esse tipo de coisa.
Quando fomos crescendo, fomos pegando amor pela leitura e sobretudo pela escrita, como deves perceber, pois ela nos transporta a outras realidades, criando outra ótica de pensamento.
Durante a nossa jornada escolar, no ensino fundamental, a professora pediu para que comprássemos um livro chamado O menino do Dedo Verde, de Maurice Druon, aquele foi um grande divisor de água na nossa vida, pois era um dos livros revolucionários para a época, cuja consciência ecológica era incutida em todos nós.
O personagem principal, tinha um grande poder, onde ele tocava virava verde, ou seja, ele tocava e virava planta ou árvore, eu achei aquilo fantástico.
O autor se baseou-se na História de Midas, onde ele tocava virava outro, transpondo assim, a realidade ecológica, pois outro sem verde não poderá existir, nos conscientizando, sobre esses fatores ecológicos, sendo muito enriquecedor para nossa formação, mudando drasticamente a nossa realidade, mesmo que aqui na nossa cidade, Salvador, ainda estamos muito atrás ecologicamente, a nossa cultura ainda impera a desvalorização do meio ambiente, a gente tenta multiplicar a ideia do Menino do Dedo Verde, transformando os espaços vazios em verde, orientando todos e todas sobre a falta de amor ao nosso ecossistema, plantando árvores no nosso condomínio, de diversas espécies, mesmo que alguns vizinhos arranquem na calada da noite, a gente continua semeando, para ver se eles um dia refletem sobre a necessidade de termos o Dedo Verde, sobre a importância de valorizar a natureza, ela não é um empecilho, para nós, ela é a solução.
Sobre os pobre dos gatinhos, temos uma coleção aqui no condomínio, onde sempre ajudamos na adoção deles, pois animal nenhum tem culpa da nossa cultura predatória, cabendo a nós mesmos, estimularmos a valorização do nosso meio ambiente.
Aproveito desde já a agradece a Maurice Druon, que certamente teve uma ideia fantástica, sendo, pois um livro pioneiro na nossa época, plantando amor à natureza no coração de todos nós.
Marcelo de Oliveira Souza,IwA