Vinho
Eu viajo sozinho por todo o universo,
Faço versos para não pensar em mim
Tudo o que conheço e mau e perverso
Atravesso os tempos do inicio ao fim
Se o medo corrói a minha alma vazia,
Faço poesia, assim não penso em você
Se esta incontida, sozinha ou fria
Se for uma melodia, não quero saber
!
Levanto a cabeça e volto ao passado,
Eloquente alento por não ser inocente
O entendimento é um carrasco malvado
Se não vejo o sol não vejo o seu poente
Não acho o julgamento um grande absurdo
Não sei se sou mudo ou se não quero falar
Caso o infinito seja alongado ou curto
Mais absurdo que viver é poder pensar
Se persiste em mim a dor do pecador,
Quando eu olho apaixonado a cor do teu batom
Eu não quero mais suas migalhas de amor
Nem tuas doces frases impressas em neon
Ao dizer-te que deixe de ser dura, todo o
Mistério começa a diluir, se ontem meu amor
Era cego, hoje mesmo que te ofenda o ego,
Caso peça, deixar-te-ei partir.
Talvez este seja este meu ultimo sopro de
Prazer, ouvir teus passos martelarem
O chão, não estremecerei não, apenas
Um sorriso amargo eu haverei de fazer
Caso eu venha a escrever este poema
Não haverá dor no meu coração
Mas tão somente um dilema
Se eu bebo ou não agora todo o vinho
Da garrafa que eu trago em minha mão.
Alexandre Montalvan
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visitante |
Publicado: 13/01/2021 01:32 Atualizado: 13/01/2021 01:32 |
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Re: Vinho
Muito bom. Um poema leve mais profundo
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