As minhas sabedorias sobre eu mesma, são como copos de água pousados no vão da minh'alma. Bacias de narcisos apaixonados, que bailam ao sabor do meu respirar, que elege elegantes sinopses dos amores desencontrados. Demoradas inclusões soluveis do meu querer, no reconhecer da minha essência transparente. Cri nesse ensinamento superior, saboreando as açucenas que me iluminavam....e nasci nas ansias fragmentadas por recordações de nós dois. Vivi, sem palavrear, no olhar partido, cheio de estágios minuciosos do céu que nos acolheu, escolheu. Renasci reluzente, no beijo inacabado. Perdi-me consciente, nos capins verdejantes desse olhar. Viajei gabada nos teus quadris apelativos. Guardei inúmeras provas que tens a mesma alma, as mesmas qualidades, a mesma capacidade de amar, de outros tempos. Posso dizer que a magia destas congruências, traduz-se na qualidade que nós dois reconhecemos, a cada batimento do nosso coração.
Numa inesgotável acessibilidade ao âmago, subsiste uma caixinha perfeita do lado esquerdo do nosso peito, que alberga em si todas as nossas recordações, todos os nossos quereres e sentires. É a tradução exímia que a sinceridade de sentimentos ainda persiste...e cresce renovada dia após dia.