Poemas -> Surrealistas : 

Grito moribundo

 
Um grito corre na noite
com um sotaque de angústia
do tamanho do tempo.
Uma boca soltou-o louco
pelas cores da agonia
gemido débil quem sofria
a vida que esguia se perdia
ou o sangue que em pranto
se derrama, vertigem...
Uma dor abraça as sombras,
as horas rangem o luar fátuo
enquanto nos claustros do destino
alguém dorme no fundo dos olhos
uma alma moribunda,
balustre de um revés.
 
Autor
José António Antunes
 
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