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A minha aldeia

 
Na minha aldeia, nostálgia
em todas as esquinas um olhar vigia
guardam fiéis a velha monotonia
testemunho do desânimo gaiato
em que cresce o motim das razões
e as verdades que se mentem sem palavras...

Na minha aldeia, sisuda
as mulheres nascem de súbito,
belas apenas
de corpo ao Sol, semi-nuas
emanam desejos proscritos
pela tenra ilusão dos anos verdes
que passeiam femininas,
de motivação e evasões.

No meu endereço, esqueço-me
entre medronhos amigos e ânsias amantes
como quem vive o tempo numa nesga de Sol fugaz
e se sente gente
mais quente que qualquer gente!...

E se lamento sou uma ideia lodosa
nas tramas do povo,
calado sou um vulto sem roupa
num banquete de cifrões e hipócrisias
... ou se incito sou o feroz culpado
de uma qualquer batalha tribal.
Ah! quem me dera ter um tufão de ar quente
que levasse o que sobra de mim
para onde fosse mais longe e meigo o viver,
a idade.
 
Autor
José António Antunes
 
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Enviado por Tópico
Morena
Publicado: 23/04/2008 12:23  Atualizado: 23/04/2008 12:23
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Usuário desde: 11/04/2008
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Mensagens: 8
 Re: A minha aldeia
Um dia amigo outros dias diabo, me disse baixinho se eu estivesse num sitio queria estar noutro, queremos sempre o que não temos.
Devido a vivermos num mundo hipócrita, onde nos consumimos uns aos outros!
-não existe melhor terapia para a minha vida que os meus filhos e a minha filha, ocupam-me todo o tempo com mimos carinhos e rebeldia, e eu dou-lhes todo o meu tempo neste mundo, sem esperar nada em troca.
P/ um amigo