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Guerra

 
Por breves momentos
os rostos calaram-se nas trincheiras
onde fértil a guerra dormia fria.
Ninguém se acobardou com o medo do ar
que a todos os olhos vestia o mesmo brilho,
enquanto na luta jaziam sonhos jovens
de um drama com anos mil
desde o esquecimento ao abandono.
Súbito, um clarão farejou os céus
e o bailado recomeçou na sua forma banal.
Ceifeiras de horas amargas
as bombas escreviam no chão tão cobiçado
o epílogo de um tempo sem regressos
que saboreiam outros confins da dor
que a guerra lapida sem voz nem freio!
 
Autor
José António Antunes
 
Texto
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Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 22/04/2008 12:03  Atualizado: 22/04/2008 12:03
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: Guerra
exato, a guerra carcome
o viço da juventude,
o arco-íris da esperança
e devora a imponência dos sonhos
para extasiar os devotos e barões
do sadismo.
os eua sempre demonstram com imensa
categoria este hábito ignóbil.