Celebrei
finais
de ano,
montei
árvores
de Natal.
Foram tantos aniversários!
Li mensagens
de Boas
Festas
impressas
em papel
couchet.
Cercam-me
paredes
iluminadas.
Os desejos
foram
dispersos.
A saudade
silenciadas.
Displicente,
o amor ocupa espaços.
Vem em ondas.
Nada calcula,
nada planeja.
Quando menos
se espera,
desarruma armários.
O amor é o laço
num vestido guardado.
Pensamentos
refazem cenas.
Poetas quando
amam, douram
o avesso da alma.
Que loucura!
Darwin explica?
Indecifrável,
o amor escreve-se
com reticências.
Sonha o amor
na madrugada
de sábado.
Corre na veias
a seiva que rega
os corpos
cansados
de manhãs nubladas.
...
Teus lábios,
entre sussurros,
dá-me o hálito
de um beijo.
Nos teus mares
há um porto de silêncios.
Viajas
dentro
de mim.
Versos luminosos
decifram desejos.
O som de flauta embala meu sono.
Olhe-me com
a certeza
do orvalho.
Meus olhos
guardam a tua imagem.
Acendo a luz
do cenário.
A solidão
apaga-se.
Onde está a ponte
neste mar sem tormentas?
Desejos intensos
fazem sonhos reais.
Anjos ensaiam
sinfonias nas catedrais.
Poemas em ondas deslizam nas águas.