A LUZ DE NATAL
Perguntaram-me outro dia
Se por aqui onde eu moro
Não haveria luz de Natal
Foi pergunta com simpatia
Há luz mas eu nada decoro
E nem sequer levei a mal
É que já lá vão muitos anos
Que eu deixei de acreditar
Que o Pai Natal existia
Foram tantos os desenganos
Não merece pois eu festejar
Essa quadra de magia
Acendam a luz os que podem
Tenham umas festas felizes
Já que eu não as posso ter.
Para que um dia a recordem
Que ofereceram com a crise
E eu nada posso oferecer.
Nem brinquedos, nem festa
Só posso dar o meu calor
Aos que amo e que me amam
Não faço parte da floresta
Que dão pinheiros de amor
E o perfume que derramam
A da fonseca