Na pandemia muita coisa muda
A epidemia vira uma moça comportada
Um pastor com isquemia cerebral
Faz a terra ficar plana
Coloca um chip na vacina
Torna a seringa sem serventia
Assim como uma mosca na gelatina
A ignorância vira magia
Que se veste como fantasia para a festa de todo dia
A doença traja um uniforme nas cores da utopia
E segue fazendo continência com toda liturgia
Esquecida nos corpos vítimas da psicopatia