Ando em meio ao turbilhão,
mas ainda me sinto terrivelmente só.
Olho para o céu e vejo, dia e noite,
dois corpos celestes suspensos no ar.
Um ilumina o dia, o outro, a noite.
Sol e Lua.
Iluminam.
Espantam a escuridão, dissipam o medo, abraçam as
sombras.
Místicos, simbólicos.
Eles são.
E eu?
Quem me dissipará os medos?
Quem espantará minha escuridão?
Quem me arrancará das sombras do meu ego?
Ando só.
Continuo só.
Não olharei mais para o céu...
Não mais sol ou lua.
Fico aqui, nua...
No turbilhão do meu interior.
Cláudia Banegas