Escrever algo e postar é como montar um telhado de vidro... Você tem que estar preparado para receber de tudo: tanto a luz do sol e da lua, como as pedradas e as tempestades. Afinal você estará expondo o seu pensamento, a sua vontade, a sua verdade, a sua mentira... sei lá, você estará se expondo. E se expor, até mesmo para quem gosta de chamar a atenção, é preciso ter “argumento”. Principalmente se for escrevendo. Vai ter gente dizendo que você deveria ter feito assim e assado; que você deveria ter usado isso e aquilo... Vai ter gente criticando a sua linguagem, vai ter gente apontando as suas falhas... Mas também tem o seu lado bom: além de você “descarregar” o seu sentimento, pode ter alguém elogiando a sua maneira de escrever, pode ter alguém elogiando a sua coragem de se aventurar a escrever sem ser nenhum acadêmico, pode ter alguém lhe agradecendo, por você ter mostrado um novo caminho... (tudo isso é suposição de sonhador).
Mas o mais importante é a adrenalina que ficará reinando, enquanto você espera o resultado da sua “ousadia”. Eu falo “ousadia” porque, quem já escreve cheio de pompa, cheio de conhecimento e senhor de si, só espera colher louros com sua escrita. Quando ele mostrar o “currículo”, ninguém se atreverá a dizer que ele é feio. Se o cara for doutor, professor, pós isso, pós aquilo (só tem pós, nenhum pré), acadêmico, neurastênico... Todo mundo só terá boas falas. Quem se atreverá em atacar o Doutor sabe tudo? Os outros Doutores serão os primeiros a acobertarem qualquer “falha”. Estou fugindo do meu objetivo, voltemos:
Lembre-se que você estará expondo a sua maneira de pensar, de ver e sentir a vida e as coisas. Então não espere que todos que lerem o seu texto, vá pensar como você. Explique o que precisar ser explicado, aceite o que precisar ser aceito, mas não compre briga. Ninguém chuta cachorro morto. Então, se chutarem você, é porque você está vivo. Tente ficar mais vivo ainda. Procure escrever o mais correto que puder, para não começar uma “escola” de escrever errado. Já basta a internet. No mais, é acreditar no que você faz, e tocar em frente. Se não fosse com a ousadia, Oswald de Andrade não teria modificado a forma de escrever poesia.
A.J. Cardiais
08.11.2011
Um poeta, um sonhador, um buscador, um hippie, um Anarquista... Sei lá! Um vagabundo, tentando melhorar o mundo.