Somos bárbaros perdidos nesta selva de pedra,
sobreviventes aos encantos da manha sem sol,
abraçado nas mil Ave Maria como esperança da salvação eterna,
no tempo das canções que canto mas que ninguém nunca ouviu.
Choramos a promessa não cumprida, a despedida jovem,
que não teve salvação nos céus do grande portão escondido,
na musica urbana explorada na utopia precoce daquela
mulher que bateu na porta a procura de algo e nada conseguiu.
Sonho com a latina americana suburbana
aquecida no fogo do martírio;
me acho no caminho do vento que no lado de fora
inocentemente se liberta dos sonhos,
do pesadelo construído em uma santidade cristã.
Quero tudo e nada quero, basta o agora, o amor de verdade;
detesto a explicação mal clarificada sobre o verdadeiro lugar
que moramos e mesmo simpático ao mundo perdido,
não tenho mais força para gritar nem voz para cantar
a verdade existente na inocência de uma praia grande,
que nunca foi questionada nem viciada por saudades
sentidas por nós e ninguém mais.
TCintra