Um cansaço sentido
A vida que se esvai
Escorre pelos dedos
A esperança de viver.
Um esforço que dura o tempo todo
Que sufoca o desejo
Um tédio
Tudo se repete continuamente.
Um cansaço de estar cansado
Almas incontidas
Que não deveriam ter nascidas
Pois o mundo não as alegram.
O semblante abatido
Mostra o fim longínquo
De uma terra inexistente
De pessoas derrotadas.
Não há cura
Nenhum bálsamo para a ferida
Ao homem lasso
Era preferível não nascer.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense