Poemas :
Soneto do Amor sem Sentido
Soneto do Amor sem Sentido
Era um corpo esculpido em puro rubi
Solitário fogo, única labareda
Extasiado fiquei assim que vi
Nada disse, pois só havia incerteza.
Solta em um céu de rotunda beleza
Mas olhos escuros distantes daqui
Brota do chão uma enorme estranheza
Perfeita, mas nem coração nela percebi
Era um tesouro brilhando sozinho
Rumas de cometas suspensos no ar
Eu por ela com tanto carinho
Um amor imenso que não podia calar
Porem eram tantos os descaminhos
Que mudo eu fiquei somente a desejar
Alexandre Montalvan
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