Com o pensamento perdido a esmo
A solidão não mais me frustra
Eu sou médium de mim mesmo
Nietzsche é médium de Zaratustra
A vida se disfarçando num caderno
É a sutil arte de um indeciso
Ontem Freud me ligou do inferno
Meu inconsciente atendeu no paraíso
Foram memórias curtas em hipnose
Imparciais, nos falamos no purgatório
Nossa conversa me rendeu neurose
Foi regressão até o motivo do ilusório
São meus gatilhos de ignorância
Nascendo frios em forma de poesia
Esse é o poema da redundância
E eu sou o filho primogênito da ironia
Jeferson