Tantas, tantas horas em te esperando eu passei naquela rua Toda a gente me conhecia, e dizia bom dia com delicadeza E como era engraçado quando chegava a noite e com ela a Lua Que me olhava com muita ternura e com um sorriso de nobreza.
Pois que ela sabia que eu sofria de um amor não correspondido. Todos os dias eu trazia um novo ramo de belas rosas vermelhas Pois que as da véspera murchavam como o meu coração perdido Esperava poder me aproximar dela e lhe dizer, te amo, à sua orelha.
Esperei em vão, perdi-me no tempo, perdi-me num espaço vazio Que eu julgava que o meu coração conseguiria um dia conquistar Foi tempo perdido como a água que corre para o mar, morre na foz do rio A esperança morreu, a minha alma sofreu e eu continuo a desesperar.