A bela noite aparece,
E segura de si, transparece…
A lua, sem se ver
Facilmente se esquece,
Sem assim o merecer…
A sua beleza por nos passa,
E o seu brilho que no céu esvoaça
Diz-nos o que fomos…
Hora alheia que a brisa abraça,
Amanhece, sem sabermos o que fomos…
Dói-me a alma por não ter nada,
A grande lua cansada
Que esconde o seu brilho
Do horizonte da estrada,
Afasta-nos do seu trilho,
Sem nada dizer, nada…
Paulo Alves