O deserto é ofuscante
O sol queima minha pele
E o calor ofusca a minha alma.
Estou tórrido e desidratado
E preciso de água para saciar minha sede.
Quarenta dias de angustia
Minha alma lamenta e chora
A tristeza de não ver mais os teus olhos.
As areias escaldantes
Não permitem que meus passos prossigam
E não existe sombra para eles.
Ao longe contemplo seu vulto
Na esperança de sua volta
Caminho a passos lentos
Em direção a miragem.
Quero acordar desse sonho
E viver a vida que me espera
Além da longitude desse deserto.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense