Adeus
No frio da minha sepultura, triste
só a lapide tão dura sobre
o meu rosto encovado em alguns
metros quadrados.
Onde eu estou neste momento. eu
sinto os vermes me comendo
e a minha carne apodrecida purga
como ainda fosse viva.
No frio das minhas memórias, onde
tudo agora é passado, segredos
não revelados verdades terrenas
ilusórias e quase nada então
importa.
O poder das mãos se esvai quando
a carne esta morta tudo o mais
fica para traz.
Não fosse o medo estaria rindo tudo
esta encerado e limpo,
sobre a mesa um velho cachimbo,
parei de fumar ora que findo.
Eu sigo aos tropeços no limbo arregalo
os olhos cor de osso
olho-te virando meu pescoço dou-te
um longo beijo e digo
adeus.
Alexandre