Ouço-te chamar,
Sinto-te perto,
Ouço o vento passar,
Ao lado de ser incerto…
E toda esta igualdade e agonia,
Na sombra desta noite fria,
São coisas que traz o vento,
Ao lado do meu pensamento…
No fim…
Tudo nos marca pelo que somos,
Tudo nos lembra o que fomos…
Nada sou, nada posso, nada sigo,
Apenas a tristeza carrego comigo,
E em mim…
Sinto-me teu semelhante,
O vento cessa, a noite vai distante…
Começa o dia, e ignorado me sinto,
Mas o que foi não é nada, mas sei que minto…
Paulo Alves