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No sonho sentia os perfumes
das rosas, talvez dos jasmins.
Meus olhos corriam céleres na
relva de horizontes infindos...
Aos pés das árvores, jardins; e
folhas várias jaziam em sépia,
fim justo do tempo apensadas.
Num tosco banco sem encosto,
o livro capa envelhecida sorria
de ver suas páginas dançarem
suaves em aleatórias direções,
sob lufadas breves, alegóricas,
da brisa que a primavera trazia.
Debruçado no janelão colonial,
eu assistia, sonhava, já nem sei;
tamanho era o prazer da poesia.