Patrimônio Nacional
Filha da Flor do Lácio
Pelos portugueses chegou,
Herança cultural
Pelo mar navegou.
Com todo seu esplendor
Espalhada pelo mundo
Sua riqueza e clamor
Cobriu o plano de fundo.
Virou código de guerra
Na maestria da pujança
Que a gente aprende a vida toda
Desde criança.
Rainha dos mistérios
Elo de união
Do mundo inteiro
Agora cabe na palma da mão.
Sacudida e transformada
Na língua brasileira
Ganhou alegoria
De toda maneira.
Saiu mais forte e pujante
Crescendo mais adiante
Agora tem mais desafio
Presa por um fio.
Da oralidade ela se transforma
Ganhando outra forma,
Para não se perder
Surgiu a norma gramatical.
Com toda essa inconstância
Amarrou-se na perseverança,
Mas com o “internetês”
Ameaça sumir de vez.
Prestemos atenção
Com o que tem na palma da mão
O Desconjuro não faz mal
Apenas um bom uso gramatical.
Alicia a alma da língua
Desconstrói o que não finda
Sem leitura sadia ainda
O precipício sem consoante ou vogal.
Decepando a mente e a estrutura
Da nossa majestade que é cultura
Fiquemos atentos para essa agrura
Que é patrimônio nacional!
Marcelo de Oliveira Souza,IwA
2x Dr. Honoris Causa em Literatura