A tristeza da noite enluarada,
A balbúrdia de um dia cinzento
Que traz o amor sem sentimento
Pelas esquinas da sinuosa estrada.
Busque-se no silêncio o alarido
Que transforma ouro em diamante
E, se o nada for tudo, siga-se avante
Em busca do imenso tesouro perdido.
Quanto mais inferior permanece o solo,
Permite-se sempre navegar a tiracolo
Diante do enduro que é sem censura.
Transcenda-se o universo pelo sepulcro,
Perante a vida o destino parece chucro,
É que a existência é uma eterna aventura!
DE Ivan de Oliveira Melo