Lembro-me de um rapaz calmo e acanhado
Entretido em seus sonhos de criança
Sua vida é uma lembrança
Como viver num mundo tão frágil?
O sonhador contrói sua própria cela
Ele teme seu destino que silencioso o espera
Será ele uma fera?
O sonhador almeja um novo caminho
Suas mãos calejados sangram sobre seu ninho
Aprecia sua dor, seu momento de fraqueza
Julga seu momento com toda firmeza:
- "Roguei minha própria maldição!"
O Sonhador faz da sua lágrima seu refúgio
Tão límpida e pura, a mais bela canção
Uma nova ilusão
Porém um novo abrigo
Será o sonhador parecido comigo?
Ou ele sou eu?
Aprisionado em seu próprio mundo
Pois a chave se perdeu
Eis o conto do sonhador
Que de tanto sonhar
Sua vida esqueceu.
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