Poemas -> Dedicatória : 

De maos dadas cOmigo

 
Saio e entro na noite

sem lanternas nos olhos

nem medo a fingir coragem

triste apenas de estar sozinha

comigo,

de mãos dadas comigo,

estas árvores do passeio


fazem-me sonhar poesia

de rouxinóis cantando,

de amantes perseguidos,

pobres amantes clandestinos.



tud começa a ser real

a semear melancolia nos caminhos,

o vento abandona-se ( quem diria! )

ás folhas sonâmbulas

sem pudor das estrelas que vigiam

os devaneios da noite lá em cima.



Reabro a porta da minha solidão

e entre, mas só.

A noite deixo-a aos amantes

e aos mendigos, aos felizes afinal.



Ah! Este silêncio!

Já me doem os sentidos.


 
Autor
isabel santos
 
Texto
Data
Leituras
1155
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Carolina
Publicado: 20/04/2008 22:44  Atualizado: 20/04/2008 22:44
Membro de honra
Usuário desde: 04/07/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3422
 Re: De maos dadas cOmigo
Que lindo Isabel...

Mas noto muita tristeza, não
fiques triste, deixa a noite para
os amantes, para ti um dia será...
Ficarás deliciada.

beijo

Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 21/04/2008 10:38  Atualizado: 21/04/2008 10:38
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: De maos dadas cOmigo
Cara Isabel,
li ontem este seu poema e reli agora. O melhor que me ocorre dizer-lhe é que gostaria de ter sido eu a escrevê-lo.

Belíssimo. Imagens claras e muito bem conseguidas.

Fraterno abraço
Mel