O tempo e o vento
Para cantar o Pampa, que é o meu destino,
Eu lancei raízes profundas, de umbu-pampeiro,
Aquele grande, bem alto, lá na colina,
Que nada vai me isolar por inteiro.
A terra e eu temos laços, somos um,
E a planície se reflete no meu olhar
Para buscar o horizonte como zoom
E a razão de ser poeta e delirar.
Mas tudo ao meu redor é jogado
Em um livro de registro imponente
De sonetos como flores em meu prado.
E quando chega um momento sem memória,
Ainda amplo e plano em minha mente,
O vento tem que contar minha própria história.
Maringá, 19.10.20
El tempo y el viento ( Alma Welt)
Em homagem a Érico Veríssimo.
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