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Lá estava, envolta num brilho,
inerte qual porcelana biscuit
refletindo sobre as águas blues,
ondas rendadas, alvas espumas...
Juntei-me a revoada dos atobás;
voos aproximados e circulares...
Arrisquei um mergulho imitando
as pescadoras em alinhamento
à procura da ração diária no mar.
Tinha eu fome e sede de (a)mar
traído pelas noites em pesadelo.
Emergi ofegante, um sonho real
acometido de choque, era peixe,
metade era mulher; mitológica...
Encantado cantar, enfeites críveis
meneando em feixe minh'alma...
Olhos entreabertos, mareados
de emoção, senti o beijo de sal
ecoar entre o silêncio das pedras...