A história do existir tinge a vida sob o céu antes do amor A vida tem nos segredos, pedaços de história não vividos Tudo passa, as eclusas do tempo trazem o esquecimento No brando oblívio das paixões que vão ficando para trás O que se julgava a eternidade se tornará parcos minutos Na esperança fugidia de sentir o sopro do verão no rosto O perfume do jasmim, rastros de noites de brilho antigo Bebemos o destino intransferível em seus cálices eternos Na noite tal pátria luminosa do poeta no exílio do existir Não há horizontes à vista apenas áridas estradas insones Aqui restamos, coração abandonado, poemas indormidos Pela madrugada adentro ao território de mais um amanhã O passado é uma mancha de vinho sobre a toalha branca
Sim cara poetisa... certas manchas de vinho na toalha branca, sempre poderemos, lavando-as, fazer sumir à vista d'outros, mas jamais as apagaremos de nossa memória, podendo isso ser muito bom ou muito ruim... Grato pelo comentário, sempre oportuno.