Dentre os folguedos caipiras,
O povo animado se entretém,
Mesmo sem haver nenhum vintém
O que vale é a alegria que se respira.
Ritmos alucinógenos contrários à ioga
Trazem rituais espontâneos e livres,
É o ensejo da dança e seus alvitres
Como quem adora comer, deglute tapioca.
O gingado é a expressão que faz sorrir,
Cantar é apontar o dedo para o porvir,
Porque no remelexo se tem assaz energia...
E num utopismo que desbanca devaneios,
Tudo se compactua com o que vem e veio
E lembrar que do mundo nada se consumia!
DE Ivan de Oliveira Melo