Seguramente, quem faz mal a uma criança
perdão algum terá e justificação nenhuma
não cabe aqui compreensão ou esperança
ante, tal acto de maldade, atroz, em suma
No seu corpo frágil, esbofeteada, se lança
aos pés do maldito; sem ter culpa, alguma
lhe implora, o que, sua mente não alcança
pois que não percebe tal aberração, duma
criatura que, espancando-a, faz de tal acto
sua ignóbil satisfação enquanto a maltrata
pontapeando-a, jogando ao chão, de facto
Vermelha de sangue, torna a mão ao rosto
da menina, perpetuado gesto, que, a mata
devagar, fazendo prolongar, seu desgosto.
Jorge Humberto
17/04/08