Meu coração sem amor,
Era como o riacho,
Ameno,
Calmo,
Fértil,
Feliz,
Aonde o prazer
Se misturava com a
Alegria que existia
Dentro de minha vida
Num simples toque
De amar e ser amado.
Depois,
A solidão inesperada
Abaixou-se sobre mim
Sem dó e nem piedade,
E foi logo levando os
Meus sonhos,
Um por um,
E de minha vida nada restou
E nem mesmo aquele amor
Que eu tanto tinha
Por você e que era o mais
Puro se foi junto a solidão.
Hoje no meu coração
Ouve-se apenas o simples
Uivar dos lobos junto
A uma fornalha enorme
De fogo que se encontra
Dentro de mim junto
A este coração que agora
Simplesmente é um deserto
Apenas sem amor e sem carinho.
Comendador Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico –
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)